A terceira maior cachoeira do Brasil está em Minas e é de tirar o fôlego
Você sabia que a terceira maior cachoeira do Brasil está em Minas Gerais? Descubra os encantos da impressionante Cachoeira do Tabuleiro e tudo que esse destino tem a oferecer
Minas Gerais é reconhecida por suas montanhas, cidades históricas e hospitalidade. Mas o estado também guarda belezas naturais que impressionam até os viajantes mais experientes. Entre elas, a Cachoeira do Tabuleiro se destaca não apenas por sua beleza, mas por um título surpreendente: ela é a terceira maior cachoeira do Brasil, com quase 280 metros de queda livre.
Localizada no distrito de Tabuleiro, no município de Conceição do Mato Dentro, a cachoeira é considerada uma das joias do ecoturismo nacional. Com uma queda imponente, paredões rochosos e piscinas naturais, ela encanta por todos os ângulos — e se tornou destino obrigatório para quem busca natureza, aventura e contemplação em Minas Gerais.
Onde fica a Cachoeira do Tabuleiro e como chegar
A Cachoeira do Tabuleiro está situada dentro do Parque Natural Municipal do Tabuleiro, a cerca de 200 km de Belo Horizonte. O acesso é feito pela MG-010, em um trajeto que passa por paisagens belíssimas da Serra do Espinhaço, reconhecida como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
O distrito de Tabuleiro, onde fica o acesso à trilha principal, é pequeno e acolhedor. A comunidade local está preparada para receber turistas com pousadas simples, restaurantes caseiros e guias experientes. A estrada até lá é boa, mas alguns trechos são de terra — vale verificar as condições em dias de chuva.
Uma queda d’água que impressiona à primeira vista
A grandiosidade da Cachoeira do Tabuleiro é difícil de descrever. Com 279,8 metros de altura, ela despenca de um paredão em formato de coração, formando um dos cenários mais impactantes do Brasil. A água cai com força durante o período de chuvas e forma uma piscina natural de tom esverdeado na base do cânion.
Além da altura, o que mais chama atenção é o entorno da queda: vegetação típica do cerrado, paredões avermelhados e formações rochosas que criam um ambiente quase surreal. É impossível não se emocionar ao chegar perto da base da cachoeira e ouvir o som forte da água ecoando pelo vale.
Trilhas, mirantes e diferentes formas de contemplação
Existem duas principais formas de conhecer a Cachoeira do Tabuleiro. A mais famosa é a trilha até a parte de baixo, com cerca de 6 km (ida e volta). Ela exige preparo físico moderado, já que inclui trechos de subida, travessias de rio e piso irregular. Mas a recompensa é indescritível: ver a queda d’água de baixo para cima é uma experiência quase mística.
A outra opção é a trilha para o mirante, com dificuldade mais leve. Em menos de 2 km, é possível chegar ao alto do cânion e avistar a queda de cima, em um dos pontos panorâmicos mais bonitos da Serra do Espinhaço. Ambas as trilhas são bem sinalizadas, mas recomenda-se o acompanhamento de guias locais.
Melhor época para visitar e cuidados importantes
A melhor época para visitar a Cachoeira do Tabuleiro depende da experiência que você busca. De novembro a março, as chuvas tornam a queda ainda mais volumosa, mas o acesso pode ser mais difícil e os banhos, arriscados. Já de abril a setembro, o clima seco favorece as trilhas e a formação das piscinas naturais.
É importante respeitar as regras do parque e seguir orientações de segurança. Não é permitido acampar dentro da área da cachoeira, e em períodos de risco de tromba d’água, o acesso à base é suspenso. O uso de calçados adequados, protetor solar e bastante água é essencial para quem deseja fazer a trilha com conforto.
Turismo sustentável e valorização da comunidade local
O Parque Natural Municipal do Tabuleiro é gerido com foco na preservação ambiental e no turismo de base comunitária. A população do distrito está diretamente envolvida nas atividades turísticas, oferecendo hospedagem, alimentação, guias e artesanato típico da região.
Ao visitar a cachoeira, o turista contribui com a economia local e com a manutenção da estrutura do parque. É uma forma de viajar de forma consciente, valorizando não só a paisagem, mas também quem cuida dela diariamente.
Outras atrações imperdíveis nos arredores
Quem visita a Cachoeira do Tabuleiro pode aproveitar para explorar outras atrações em Conceição do Mato Dentro. A região abriga cachoeiras belíssimas, como a do Rabo de Cavalo, da Farofa e do Congonhas. Algumas são acessíveis por trilhas mais leves e também proporcionam banhos em águas cristalinas.
O centro histórico da cidade também merece uma visita. Com igrejas coloniais, casarões antigos e uma atmosfera tranquila, é o lugar ideal para descansar após um dia de aventura. A culinária mineira, claro, é um espetáculo à parte: vale experimentar o frango com ora-pro-nóbis e o queijo artesanal da região.
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Uma experiência que vai muito além da paisagem
Mais do que um ponto turístico, a Cachoeira do Tabuleiro é uma experiência transformadora. O impacto visual da queda, a energia do lugar e o contato com a natureza em estado bruto fazem com que muitos visitantes relatem uma sensação de renovação após o passeio.
É o tipo de lugar que emociona — seja pela imponência da paisagem, seja pelo silêncio que convida à introspecção, seja pela conexão com o território mineiro e com suas histórias. Quem visita, dificilmente esquece.
Surpreenda-se com o que Minas tem de mais grandioso
A Cachoeira do Tabuleiro é um símbolo da força e da beleza de Minas Gerais. Ainda que seja menos conhecida que destinos litorâneos ou urbanos, ela tem conquistado viajantes do Brasil inteiro com seu cenário majestoso e energia única.
Se você busca um destino diferente, autêntico e capaz de te deixar sem palavras, inclua o Tabuleiro no seu roteiro. E prepare-se: você pode sair de lá com muito mais do que belas fotos — talvez com uma nova forma de ver o mundo.
Sobre o autor:
Igor Souza é criador do Olhares por Minas, fotógrafo e especialista em turismo mineiro. Viaja por cidades históricas, cachoeiras e vilarejos, buscando contar as histórias que Minas tem a oferecer. Saiba mais sobre o autor clicando aqui.


Cachoeira do Tabuleiro, MG - Foto: Igor Souza