A capela mineira a mais de 1.200 metros que encanta quem chega lá

A mais de 1.200 m de altitude, a Igreja do Morro Redondo em Ipoema Minas Gerais encanta visitantes com sua vista deslumbrante e atmosfera de paz

Escrito por:
Igor Souza

Publicado em:
28/11/2025

No alto das montanhas de Ipoema, um pequeno templo branco se destaca contra o azul do céu. A Igreja do Morro Redondo em Minas Gerais é mais do que um ponto de fé — é uma experiência de contemplação e encontro com a natureza. Situada a mais de 1.200 metros de altitude, ela convida o visitante a subir com calma, respirar o ar puro da serra e deixar o olhar se perder nas curvas da paisagem.

  • Localização privilegiada no alto do Morro Redondo.

  • Vista panorâmica da Serra do Espinhaço.

  • Encontro entre fé, história e natureza.

O que torna a Igreja do Morro Redondo tão especial?

A capela, erguida no topo do morro que dá nome ao local, parece guardar em silêncio o tempo que passa. Pequena, de fachada simples e linhas retas, ela mantém viva a tradição das construções rurais de Minas, que unem fé e simplicidade. O contraste entre o branco da igreja e o verde das montanhas cria um cenário de beleza serena.

Além da arquitetura modesta, o que encanta é o entorno. O visitante que chega ao alto do morro é recebido por um horizonte que se estende em todas as direções. De lá, é possível ver o distrito de Ipoema e boa parte da Serra do Espinhaço, com seus vales e formações rochosas. Cada mudança de luz transforma a paisagem em um novo quadro.

Como é o caminho até o alto do morro?

A estrada de acesso parte do centro de Ipoema e segue por cerca de 14 quilômetros de terra batida. Apesar do trajeto simples, o visual já antecipa o que espera no topo. Durante o percurso, o viajante cruza pontes, colinas e pequenas propriedades rurais, encontrando moradores acolhedores que indicam o melhor caminho.

Ao se aproximar do alto, a paisagem se abre e o vento ganha força. O mirante e a capela dividem espaço com o céu, num ambiente silencioso e inspirador. A subida pode ser feita de carro, bicicleta ou mesmo a pé, para quem prefere sentir o trajeto como parte da experiência.

Itens que valem levar na visita:
  • Água e chapéu para proteger do sol.

  • Máquina fotográfica ou celular com bateria cheia.

  • Calçado confortável para pequenas caminhadas.

  • Um lanche leve ou café preparado na hora, para saborear a vista.

Quais detalhes revelam a beleza da capela?

A Igreja do Morro Redondo tem fachada branca e portas de madeira simples, adornadas apenas por uma pequena cruz. O interior, quando aberto em celebrações, é singelo e acolhedor, com altar em madeira e paredes caiadas. É uma arquitetura que fala pela sobriedade — sem excessos, mas repleta de significado.

Do lado de fora, a área do entorno ganhou uma escultura simbólica, chamada “O Destino”. A obra, feita em metal, reflete a espiritualidade do lugar e dialoga com a paisagem. O conjunto da capela, escultura e mirante cria uma harmonia rara, que transforma o espaço num refúgio de silêncio e contemplação.

Que vistas o visitante encontra ao chegar no topo?

Do alto do Morro Redondo, o olhar se perde em todas as direções. A amplitude é tamanha que parece possível tocar o horizonte. Nos dias mais claros, é possível enxergar picos da Serra dos Alves, as serras de Itabira e o verde intenso das matas que cortam o caminho até Ipoema.

Durante o pôr do sol, o espetáculo é garantido. O céu ganha tons alaranjados e as sombras da serra desenham novas formas. A igreja, iluminada pela luz suave da tarde, parece flutuar sobre as montanhas. É o momento preferido de quem vai em busca de boas fotos ou de quem apenas quer parar para observar em silêncio.

Cruz e uma capela de cor branca e vinho, com céu azul no Morro Redondo de Ipoema MG
Cruz e uma capela de cor branca e vinho, com céu azul no Morro Redondo de Ipoema MG

Ipoema/MG - Foto: Igor Souza

Vista de Montanahs e céu azul, a partir do Mirante da Capela do Morro Redondo em Ipoema
Vista de Montanahs e céu azul, a partir do Mirante da Capela do Morro Redondo em Ipoema

Igreja de Santo Amaro/MG - Foto: Igor Souza

Como aproveitar o passeio ao máximo?

O ideal é chegar pela manhã e subir com calma, fazendo paradas para apreciar o visual. Levar tempo é essencial: o caminho faz parte da experiência. No alto, a dica é explorar o mirante, caminhar ao redor da capela e escolher um ponto tranquilo para descansar.

Para quem busca uma experiência mais completa, é possível combinar o passeio com outras atrações de Ipoema, como o Museu do Tropeiro e as cachoeiras da região. Assim, a viagem se transforma em um roteiro de um dia inteiro, misturando natureza, cultura e história.

Roteiro prático para o visitante:
  • Saída de Ipoema entre 8h e 9h da manhã.

  • Subida tranquila, com paradas para fotos.

  • Almoço em Ipoema ou lanche no topo.

  • Retorno ao entardecer para ver o pôr do sol.

A melhor época para conhecer o Morro Redondo

Os meses de maio a setembro são ideais para o passeio. Nesse período, o clima é seco, o céu costuma estar limpo e as estradas mais firmes. A luz natural é suave e favorece tanto as fotos quanto a contemplação da paisagem.

Durante o verão, o visual continua bonito, mas é preciso atenção às chuvas e à estrada de terra, que pode ficar escorregadia. Independentemente da época, o importante é escolher um dia de céu aberto — é isso que garante a vista ampla e o encanto do lugar.

Que experiências o visitante pode viver lá em cima?

O alto do Morro Redondo é um convite à introspecção. Não há som de carros, apenas o vento e o canto de pássaros. Muitos visitantes relatam que o local transmite uma paz difícil de explicar — uma sensação de estar mais perto do divino, mesmo para quem não é religioso.

Além da contemplação, o local é perfeito para quem gosta de fotografia ou busca momentos para relaxar. Casais, famílias e viajantes solitários encontram ali um refúgio natural que inspira calma. É comum ver pessoas lendo, fazendo piqueniques ou simplesmente observando o horizonte sem pressa.

Atividades que combinam com a visita:
  • Meditar ou fazer orações silenciosas.

  • Fotografar a igreja sob diferentes ângulos de luz.

  • Fazer piquenique leve com vista panorâmica.

  • Observar estrelas em noites limpas, longe das luzes da cidade.

Por que a Igreja do Morro Redondo é importante para a comunidade?

Para os moradores de Ipoema, o morro é símbolo de devoção e identidade. A capela é palco de celebrações tradicionais, como a Festa de Santa Cruz, que reúne fiéis em romaria até o topo. Nessas ocasiões, o silêncio dá lugar aos cânticos e à alegria das famílias que mantêm viva a tradição.

Mesmo fora das festas, o local segue como ponto de referência para quem vive na região. É onde os moradores levam visitantes, contam histórias antigas e mostram com orgulho a vista que os representa. O Morro Redondo é, para eles, mais do que um atrativo — é parte da alma do distrito.

O que explica o encanto de quem visita?

Talvez seja o contraste entre o simples e o grandioso. A igreja é pequena, mas o cenário é vasto. O visitante sobe em busca de uma vista e encontra também uma sensação de plenitude difícil de descrever. Cada pessoa leva um olhar, uma lembrança, uma foto — mas todas guardam o mesmo sentimento de paz.

A Igreja do Morro Redondo em Ipoema Minas Gerais é o tipo de lugar que não se esquece. O vento, o silêncio e o horizonte parecem formar uma oração sem palavras. Quem sobe aquele morro desce diferente — com o coração mais leve e os olhos cheios de montanha.

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Um olhar que se perde nas alturas

Em tempos de pressa, a capela do Morro Redondo ensina a desacelerar. É um lugar para respirar fundo, admirar o que é simples e reconhecer o quanto Minas guarda beleza em cada detalhe.

A subida pode até cansar, mas é lá em cima que a alma descansa. Se há um ponto em Minas que prova que o silêncio também fala, ele está no alto de Ipoema — onde a fé e a paisagem se encontram em um mesmo horizonte.

Sobre o autor:

Igor Souza é criador do Olhares por Minas, fotógrafo e especialista em turismo mineiro. Viaja por cidades históricas, cachoeiras e vilarejos, buscando contar as histórias que Minas tem a oferecer. Saiba mais sobre o autor clicando aqui.

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