Catedral Metropolitana Santo Antônio: História e Turismo
Descubra a história da Catedral Metropolitana Santo Antônio. Veja o que fazer, o que restou da igreja antiga e como planejar seu turismo em Diamantina MG.
A Catedral Metropolitana Santo Antônio é o coração pulsante e o principal marco arquitetônico do centro histórico de Diamantina, Minas Gerais. Mais do que um templo religioso, ela é um símbolo da história e da identidade da cidade, representando uma ousada visão de modernidade em sua época.
Para quem visita Diamantina, entender esta catedral é entender a própria evolução da cidade. Ela não está ali por acaso: sua construção mudou a paisagem urbana local e conta uma história fascinante de fé, comunidade e renovação.
A História: Da Antiga Matriz à Nova Catedral
No local da imponente Catedral Metropolitana Santo Antônio existia outra igreja, a antiga Matriz de Santo Antônio do Tijuco, erguida ainda no século XVIII. Com a criação da Diocese de Diamantina em 1854, ela foi elevada à condição de catedral, mas sua estrutura original acabou demolida em 1932.
A construção da nova catedral foi um verdadeiro esforço comunitário. A pedra fundamental foi lançada em 1932 pelo Arcebispo D. Joaquim Silvério de Souza. As obras, tocadas por construtores notáveis como Duarte & Irmão e Anastácio Frattesi, foram financiadas por campanhas de doação, famosamente divulgadas no jornal "A Estrela Polar". A primeira missa foi celebrada no Natal de 1938.
Diamantina/MG - Foto: Igor Souza
O Projeto Ousado de José Wasth Rodrigues
O design da catedral é assinado pelo renomado arquiteto e artista José Wasth Rodrigues. Ele propositalmente quis romper com o estilo colonial e barroco que dominava a paisagem de Diamantina. O objetivo não era apenas construir uma igreja maior, mas criar um novo marco urbano.
A antiga igreja era voltada para a Rua Direita, seguindo a tradição colonial. Rodrigues mudou o eixo do templo, criando a ampla praça que hoje define o centro cívico e social da cidade. Foi uma decisão de renovação urbana que mudou a paisagem de Diamantina para sempre, e a catedral tornou-se o ponto focal dessa nova visão.
O que ver no Interior da Catedral?
Embora a arquitetura externa da Catedral Metropolitana Santo Antônio seja marcada pela simplicidade e imponência do estilo eclético da década de 1930, seu interior guarda tesouros valiosos da antiga matriz demolida.
Preste atenção especial aos altares laterais. Estes são retábulos originais do século XVIII, em belo estilo barroco, que foram cuidadosamente salvos da demolição e transferidos para o novo templo. Eles criam um fascinante contraste entre a nova arquitetura e a arte da igreja primitiva.
A Catedral e o Turismo em Diamantina MG
A catedral não é um ponto isolado; ela é o epicentro do turismo em Diamantina MG. A praça em frente ao templo é um ponto de encontro, palco de eventos importantes e o ponto de partida ideal para explorar a pé todo o centro histórico.
Estando ali, você está a poucos passos de outros atrativos icônicos. Aproveite para conhecer a Casa de Juscelino Kubitschek, a Casa de Chica da Silva e o Mercado Velho. Se você visitar a cidade no fim de semana certo, poderá ver a famosa Vesperata, onde os músicos tocam das sacadas dos casarões que cercam a área da catedral.
Para os amantes da natureza, o turismo em Diamantina MG se estende além do centro, com destaques imperdíveis como o Parque Estadual do Biribiri e o histórico Caminho dos Escravos, ambos de fácil acesso.
Onde se hospedar em Diamantina?
Para quem busca uma experiência autêntica e com total comodidade, a Pousada Casa de Vó (@pousadacasadevodtna) é uma excelente escolha no coração de Diamantina. Localizada na Rua Campos Carvalho, 35, ela oferece o aconchego de uma casa mineira e permite que você explore tudo a pé, estando a poucos passos da Catedral, da Praça do Mercado Velho e do local onde acontece a famosa Vesperata.
As acomodações são confortáveis e bem equipadas, contando com banheiro privativo, TV e frigobar. O destaque fica por conta do café da manhã, que serve quitandas caseiras feitas na própria pousada. A pousada oferece Wi-Fi gratuito e também uma opção de estacionamento rotativo (a 1,5 km). Para reservas, o contato pode ser feito pelo telefone (38) 2160-0411.
Dúvidas Frequentes sobre a Catedral de Diamantina
Qual o horário de funcionamento da Catedral de Diamantina? A igreja geralmente permanece aberta para visitação gratuita durante o dia. Como os horários de missa podem alterar o acesso, é sempre bom confirmar localmente, mas o acesso turístico é bastante facilitado.
O que restou da igreja antiga? Dois preciosos altares laterais (retábulos) em estilo barroco, datados do século XVIII, foram preservados da igreja original (Matriz de Santo Antônio do Tijuco) e instalados no novo templo.
Quem foi o arquiteto da Catedral Metropolitana Santo Antônio? O projeto foi idealizado pelo renomado arquiteto e artista José Wasth Rodrigues. Ele buscou criar não apenas uma igreja, mas um marco de renovação urbana para Diamantina, mudando o eixo do templo.
+Leia também: Igreja Matriz de Santo Antônio: História e Arte em Mateus Leme
Vale a pena visitar a Catedral de Diamantina?
A Catedral de Diamantina é muito mais que uma bela foto; ela é uma aula de história, arquitetura e planejamento urbano. Cada detalhe, dos altares barrocos preservados à sua praça monumental, conta a trajetória única da cidade.
Agora que você conhece os segredos do templo, venha sentir essa atmosfera de perto. Explore o centro histórico e descubra por que Diamantina é um Patrimônio Cultural da Humanidade.
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Sobre o autor da matéria:
Igor Souza é criador do Olhares por Minas, fotógrafo e especialista em turismo mineiro. Viaja por cidades históricas, cachoeiras e vilarejos, buscando contar as histórias que Minas tem a oferecer. Saiba mais sobre o autor clicando aqui.






